ETC & TAL 3: Capítulo 20

Pesadelo

Juliana: Olá, Faro! Joia?

Faro não respondeu, apenas bateu a porta na cara de Juliana.

Gabriela: Quem era, amor?

Faro: É... Ninguém! Era engano.

Zac: Não tinha ninguém ou era engano?

Faro: Foi engano.

Do outro lado da porta, Juliana não conseguia acreditar no que Faro tinha feito.

Juliana: Quem ele pensa que é? Que ódio! Mas eles me aguardem segunda-feira. Vamos ver quem manda, aluno ou professor.

Do lado de dentro do apê ETC & TAL...

Lali: E que hora vamos inaugurar a lanchonete?

Faro: Eu acho melhor quando já estiver anoitecendo, né?!

Fiuk: Você disse que seria agora.

Chay: É mesmo! Tirou a gente da cama a toa.

Faro: Cama... Vocês nem estavam na cama. Bom mesmo tocarem nesse assunto, já arrumaram aquela bagunça?

Joe: Não deu tempo...

Faro: Agora temos tempo suficiente. Podem ir lá! 

Gabriela: E levem o desinfetante! Não quero passar mal quando entrar naquele quarto.

As horas iam passando e o fim da tarde se aproximava. No apê Love Friends...

Karina: Aquele professor que vai ficar durante a noite no colégio é uma graça, né?!

Márcio: Você achou?

Karina: Você não?

Daniel: Não vamos começar com essa ciumeira essa hora do dia. Por favor! Hoje é sábado. 

Márcio: Por que a gente não sai?

Karina: Não, não! Marquei um horário no salão. Preciso me arrumar, as aulas começam depois de amanhã.

Daniel: (deu um suspiro) Mulheres, viu?! Vou te contar...

A hora da inauguração da Lanchonete Elite tinha chegado. As garotas trataram de encher de balões e decorar o local.

Faro: (segurando um tesoura) Venham, venham, venham. Vamos cortar essa fita juntos. É 1... 2... 3 e... já!

Todos: Huhu!

Eles cortaram a fita e já tinha uma galera reunida na frente do estabelecimento.

Faro: Obrigado a todos que vieram nessa inauguração! É com muito prazer que abro essa lanchonete. Espero que possa agradar a todos. Bom lanche!

Todos que estavam presentes aplaudiram.

Gabriela: Chay, Amanda, Joe, Sophie, Jonatas e Lali, é com vocês.

Gabriela ligou uma música animada e os primeiros clientes começaram a fazer seus pedidos. 

Lali: Olha, Sophie! Aquele ali é um gatz, né?!

Sophie: Você tá doida, Lali? Aquilo é um ogro! Que nojo! Agora aquele outro ali... isso sim é um gatz.

Amanda: O que vocês estão falando, meninas?

Lali: Dos gatz da lanchonete.

Amanda: Hum...

O movimento não foi tão grande assim no primeiro dia, mas deu para arrecadar um bom dinheiro.

Faro: Por hoje é só!

Gabriela: Vocês arrasaram, garotos!

Fiuk: Amanhã nós vamos querer trabalhar meio horário também! (rsrs)

Gih: O bebê tem razão. Eles trabalharam só a parte da noite.

Faro: Gente, sem problemas! Não vamos arrumar confusão por causa disso. A lanchonete já está fechada, agora é entrarmos para o apê, arrumarmos nossas coisas e irmos dormir.

Todos entraram, jantaram e foram preparar as coisas para dormir. No apê Love Friends, Daniel, Márcio e Karina tinham feito o mesmo.

Daniel: A Karina ficou um gata, né Márcio?!

Márcio: Ela é uma gata, Daniel.

Daniel: Eu sei, mas ela ficou mais gata ainda.

Márcio: Hum... Cadê o respeito?

Daniel: Que respeito? Vocês não têm nada.

Márcio: E de repente o solteirão aqui decidiu se apaixonar?

Daniel: Não tô te entendendo, Márcio. Vou dormir que é melhor.

Márcio: É melhor mesmo. Vai, vai!

Antes de deitar, Karina pegou o diário de novo e começou a escrever.

Querido Diário,

Hoje o dia foi bem agitado. Ao acordar recebi a notícia que teria uma reunião com todos os professores do Colégio Atitude. Fiquei louca! Tava sem produção nenhuma. Mas agora acabei de chegar do salão e estou bem melhor.

A reunião não foi lá tão legal. Conheci os professores, eles me conheceram e só. Tem muito professor velho, que parece ter muito dinheiro. Alguns são jovens, como eu, e parecem fazer o que gosta. O Márcio me explicou como vai funcionar o meu horário. Na segundas e terças vou anteder os alunos do primeiro ano, nas quartas e quintas os alunos do segundo ano e nas sextas os alunos do terceiro ano. Diz ele que os alunos do terceiro ano têm menos problemas, pois já são maduros, mas eu não concordo muito não...

Em relação a pergunta que deixei na última vez que escrevi, acho que o melhor a se fazer quando não sabemos o que fazer é não fazer nada. O meu ciúme com o Márcio passou, mas isso não quer dizer deixei de gostar dele. Agorinha mesmo estava ouvindo ele conversar com o Daniel. Ele ficou com raiva só porque o Dani disse que eu estava uma gata. Será que isso quer dizer alguma coisa?

Acho que já escrevi bastante. Estou morta de cansaço.

Karina Bacchi

Karina colocou o diário novamente sob o colchão e foi dormir. 

A escola estava cheia.  Amanda já tinha esbarrado em vários alunos e por isso foi xingada muitas vezes. Ao entrar dentro da sala, percebeu que ela já estava lotada e só tinha um lugarzinho vazio no fundo. Ela estava se dirigindo ao lugar vazio e uma chuva de bolinhas de papel foi em sua direção. O professor não falava nada, apenas observava sem nenhuma expressão no rosto.

Amanda: Parem! Professor, faz alguma coisa!

Depois de alguns minutos, ela conseguiu finalmente chegar ao lugar. Quando sentou, sentiu algo diferente. Se levantou e ao olhar para a cadeira percebeu que ela estava cheia de chiclete.

Amanda: Que nojo! Vocês são um bando de porcos!

Amanda desistiu de ficar na sala e foi em direção a porta. Mas três garotas entraram na sua frente.

(Xxx): Vai sair, queridinha?

(Yyy): Nem pense nisso...

(wWw): O seu terror só está começando. Hahaha!

Amanda: Saiam da frente! Eu nem conheço vocês.

(Xxx): Lola Jones! Prazer!

Amanda: Nenhum prazer! Saiam!

Quando Amanda saiu da sala, foi até o refeitório, um dos locais onde tinha TV liberada, e decidiu assistir um pouco. Ela mudava os canais sem parar, até que um jornal chamou sua atenção.

Repórter: E é isso mesmo, Fernandes. É com imensa tristeza que anunciamos a morte da senhora Richter. O avião em que ela estava tentou fazer um pouso forçado, pois estava com problemas técnicos. Mas parece que o pouso não saiu do jeito planejado e o avião acabou saindo da pista. O avião explodiu e por enquanto não há sobreviventes.

Amanda desligou a televisão e não acreditava no que ouvia. Foi quando viu que Gih apareceu na sua frente com um sorriso no rosto.

Gih: Vai chorar, Amandinha? Não precisa. Uma hora sua mamãe teria que partir. Hahaha!

Amanda colocou as mãos nos ouvidos e começou a gritar.

Lali: Amanda! Amanda! O que foi? Por que essa gritaria? Sâo 8 horas da manhã.

Sophie: Querida, tá querendo virar despertador? Me poupe!

Amanda: Lali, não pode ser! De novo, Lali! De novo!

Dul: O que foi, gente?

Nanda: A Amanda começou a gritar do nada.

Gih: Deve ter sido um pesadelo, não?

Amanda: CALA A BOCA! Você não vai rir da morte da minha mãe, piranha!

Gih: O quê? Eu nem sei quem é sua mãe, garota! Se toca!

Lali: Amanda, precisamos falar com a Gabriela. Venha!

Lali saiu do quarto com Amanda e encontrou Gabriela no corredor.

Lali: Gabi, você precisa ajudar.

Gabriela: O que foi? Eu ouvi um grito. Vocês estão bem?

Amanda (chorando): Não tá não, Gabriela! Me ajuda! Eu tive um pesadelo. Eu não quero ir pra escola amanhã.

Gabriela (preocupada): Calma, querida! Me conta! O que aconteceu?

Amanda: Eu fui rejeitada, humilhada, vi a morte da minha própria mãe. Eu não quero! Eu não quero!

Gabriela: Amanda, se controla! Foi só um pesadelo. Amanhã tudo pode ser melhor. Melhor do que você imagina.

Amanda: Eu não sei. Não sei.

Lali voltou para o quarto.

Nanda: Como ela está?

Gih: Que garota doida! Piranha? Eu?

Lali: Nisso ela não tava errada, mas continuando... Bom, a Amanda disse que teve um pesadelo, mas eu não acho que seja isso.

Dul: Você está pensando o mesmo que eu, amiga?

Sophie: Do que vocês estão falando?

Continua