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sábado, 23 de fevereiro de 2013

ETC & TAL 4: Capítulo 10

A ÚLTIMA CHANCE
Fiuk tomou o telefone da mão de Amanda.
Fiuk: Olha aqui, eu não sei quem está falando, mas eu prometo que você vai pagar muito caro pelo que está nos fazendo!
XXX: "Seus amigos também vão pagar caro, ou existe coisa mais valiosa que a vida?"
Fiuk não respondeu.
XXX: "Bom, pensem nisso. Ligarei em breve para a última chance."
Após o fim da ligação, Amanda e Fiuk foram para seus quartos sem falarem nada.
COLÉGIO ATITUDE
< Refeitório >
Nanda e Zac conversavam enquanto tomavam café da manhã.
Zac: Ontem antes de dormir eu dei uma olhada nas minhas provas e concluí que eu preciso estudar só pra História.
Nanda: Por quê? Você pegou recuperação em outras matérias também, não?
Zac: Peguei, mas foi por poucos pontos. E em História eu perdi uns quinze, sei lá!
Nanda: Eu não entendo, Zac. Nós não fizemos tudo juntos?
Zac: As provas nós fizemos separados.
Nanda: Mesmo assim! Num semestre as provas são minoria.
Zac: Mas é a minoria que vale mais pontos.
Nanda: É, é melhor você estudar, porque essa é a última chance de recuperar esses pontos. 
Zac: Sim, vai dar tudo certo.
Nanda: Eu sei. Confio em você.
Eles trocaram sorrisos.
Zac: Nanda, olha quem vem chegando aí!
Nanda: Stéfano... E quem é aquela garota com ele?
Zac: Uau!
Nanda: Uau o quê, Zac?
Zac: Q-Que ele n-não tava mentindo, né?
Nanda: Sobre ela ser bonita?
Zac: C-Claro que não! Ele conheceu mesmo uma garota!
Nanda: E nós também vamos conhecê-la!
Zac: Hã?
Nanda se levantou e acenou para Stéfano.
Nanda: Stéfano! Sentem aqui conosco!
Stéfano se aproximou acompanhado de Bruna.
Stéfano: Bom, essa é a Bruna.
Nanda: Olá, Bruna!
Bruna: E aí, belê?
Nanda: Belê?
Zac: Beleza! Eu sou o Zac!
Bruna: Uau!
Stéfano: Uau o quê?
Bruna: Ele é forte, né?
Nanda: Eu sou a namorada do Zac! Nanda.
Bruna: Eu sei. Stéfani fala muito de você.
Zac: Stéfani? (rsrs)
Stéfano: E-Eu não falo tanto assim.
Bruna: Claro que fala! Não é ela que vivia te enrolando?
Nanda: Eu?!
Stéfano: N-Não. Eu falava de outra pessoa. Bom, vamos tomar café?
Bruna: Opa! Minha barriga já tá roncando há meia hora!
Bruna e Stéfano prepararam suas bandejas e sentaram com Nanda e Zac.
Nanda: Então, Bruna, você já tá dormindo aqui?
Bruna: Não... Hoje é o meu primeiro dia.
Stéfano: Pra falar a verdade, ela acabou de chegar.
Zac: Mas você já tem um quarto?
Nanda: Qual o interesse, Zac?
Zac: N-Nenhum! Eu só tô tentando ser legal.
Bruna: Tenho sim. 
Bruna pegou uma chave e colocou sobre a mesa.
Bruna: É no quinto andar, terceiro quarto feminino.
Nanda: Que coincidência! É o mesmo que o meu!
Bruna: Jura? Que maneiro! Vamos ser parceiras!
Stéfano: A Nanda é uma pessoa do bem. Você vai gostar dela.
Bruna: É, difícil vai ser ela me aturar! (rsrs) Tem dia que eu sou uma fera!
Nanda: Eu também, querida!
Zac: Pelo visto vocês têm muito em comum.
Nanda: Não, Zac! A gente nem se conhece direito!
Zac: Nossa, foi só um comentário.
Nanda: Vai saber, né? Às vezes você nos acha tão comum e acaba nos confundindo.
Bruna: (rsrs)
Stéfano: Do que você tá rindo?
Bruna: Ela é hilária! (rsrs)
Nanda: Zac, vamos que você tem aula agora.
Stéfano: Eu também tenho!
Zac: Eu vou com o Stéfano e você fica aí com a Bruna, Nanda. 
Bruna: Bom que você me mostra o quarto, gata!
Nanda: Gata?
Zac: Nanda, colabora!
Nanda: Affs! Ok, vamos pro quarto!
Nanda e Bruna se levantaram.
Bruna: Até mais, Stéfani!
Stéfano: Stéfano!
Bruna: Foi o que eu quis dizer!
Elas se foram.
Zac: Stéfano, que peixe é esse, hein?! Como diria o Chay, um bombonzinho!
Stéfano: Eu sei! Tira o olho, hein? Eu não quero concorrência dessa vez!
Zac: Então se prepara! Quando as aulas voltarem você vai ver o que é concorrência!
Stéfano: É por isso que eu vou tentar me garantir enquanto todos estão de férias!
Zac: Agora sim eu posso pensar em te respeitar!
Stéfano: Você vai me respeitar, Zac! 
Zac: Só se você conseguir pescar a Bruna! (rsrs)
Stéfano: Desafio aceito! (rsrs)
< Sala dos Professores >
Ellen chegou na sala dos professores e encontrou apenas Karina.
Ellen: Karina!
Karina: Oi, amiga!
Elas se abraçaram.
Ellen: Nossa, eu pensei que já estava atrasada!
Karina: Que nada! Hoje eu vim mais cedo. Cadê o pessoal?
Ellen: O Márcio foi apresentar a escola para a Simone, a secretária dele, conhece?
Karina: Mais ou menos.
Ellen: Não queira conhecer mais! (rsrs)
Karina: Por quê? (rsrs)
Ellen: Você tem que ver a peça! Pra tudo ela tem uma história!
Karina: Difícil... E o Dani?
Ellen: Levou a Milene para conhecer os laboratórios e a biblioteca.
Karina: Hum...
A porta se abriu e Mariana entrou.
Mariana: Bom dia!
Karina e Ellen: Bom dia!
Mariana: Gente, eu acabei de ter uma discussão com o Victor, acreditam?
Ellen: Sério? Por quê?
Mariana: Bom, eu pedi que ele chamasse um táxi, mas aí veio um sem motorista, sabe?
Karina: Pra variar, né? Uma fiscal traz o táxi e te entrega a chave. 
Mariana: Eles não têm medo que alguém roube os táxis não?
Ellen: Todos são controlados pelo governo.
Mariana: Hum... Então, aí nós começamos a discutir pra ver quem iria dirigir. Eu disse para o Victor que ele corria muito, e eu odeio andar num carro que parece montanha-russa! 
Karina: E por que ele não deixou você dirigir?
Mariana: Quem disse que não deixou? Eu que vim dirigindo. O problema é que eu gosto de seguir as leis de trânsito. A rua pode estar deserta, mas se a velocidade permitida é 40km/h, eu dirigo a 40km/h! O Victor não aceita isso! Ele começa a falar que eu posso correr, que ninguém tá vendo-...
Ellen: Eu acho isso uma perda de tempo.
Mariana: Hã?
Ellen: Sinceramente, esse casamento não vai durar muito.
Karina: Ellen!
Ellen: Gente, ontem eu assisti um documentário chamado "Casamentos modernos, problemas e soluções", ele é ótimo! Lá falava que o casal que perde tempo discutindo por coisas fúteis não dura mais que três meses.
Mariana: É mesmo? Eu quero esse documentário para mostrar para o Victor! Ele precisa aprender isso!
Karina: Lembre-se que no casamento não existe só o Victor. Você também faz parte dele, logo os dois precisam aprender.
Mariana: Você está nos analisando? Porque você é psicóloga, não é?
Karina: Sou, mas-...
Mariana: Olha, eu agradeço muito a sua preocupação, mas eu li numa revista que psicólogos só servem para acabar com casamentos. 
A conversa foi interrompida com a chegada de Victor e André.
Victor: Bom dia!
Ellen e Karina: Bom dia!
André: Olá!
Karina: Tudo bem, André?
André: Joia! 
André cumprimentou Karina e depois beijou Ellen.
André: Bom dia, amor!
Ellen: Bom dia. O que você fazia com ele?
André: Estávamos conversando sobre futebol.
Victor: Descobrimos que torcemos para o mesmo time!
Mariana: Legal! Podemos sair os quatros juntos para assistir um jogo.
Ellen: Você gosta de futebol?
Mariana: Ah, de vez em quando é bom agradar o marido.
Mariana e Victor se beijaram.
Karina (sussurrando): Eles não estavam brigados?
Ellen (sussurrando): Sei lá, eu quero distância desses dois.
ILHA SOS
< Residência SOS -- Subsolo -- Cela da Direita >
Dul: Lali, eu acho que o nosso café tá chegando.
Lali: Ainda bem, né? Eu vou falar com esses encapuzados que meu estômago já está tendo uma convulsão de tanta fome!
Dul: Hã?
Lali: Olha eles ali!
Os três encapuzados trouxeram a bandeja de café da manhã.
Dul: Obrigada!
Lali: Olha aqui, eu queria dizer que se vocês não sabem, todos devemos fazer uma refeição de três em três horas. O relógio biológico, se ficar desregulado, pode trazer sérios problemas a saúde. Então, façam o favor de não atrasarem mais com a comida, ok?
Os encapuzados encararam Lali.
Lali: Q-Que foi? Eu s-só quis passar um pouco de informação!
Eles se viraram e se foram.
Lali: Que abusados! Tentaram me intimidar, você viu?
Dul: Onde você aprendeu aquilo tudo?
Lali: Com a Nanda.
Dul: Hum... Eu acho que você foi educada demais com eles.
Lali: Sério? Se minha mãe tivesse aqui, ela teria orgulho de mim então!
Dul: Menos, Lali. Você acha que o garoto vai voltar aqui?
Lali: Sei lá! Talvez. Por quê?
Dul: Por nada...
Elas abriram a bandeja e dividiram a refeição.
-- Cela da Esquerda --
Os encapuzados deixaram duas garrafas de água na cela de Chay e Rick e se foram.
Ricky: Ué, por que só isso?
Chay: Você achou mesmo que a tentativa de fuga ontem iria passar em branco?
Ricky: Pensei! Eles não podem nos dar só água!
Chay: Ricky, entenda que somos prisioneiros deles. Eles fazem o que quiser com a gente!
Ricky: O que aconteceu com você? É impressão minha ou você já aceitou que passaremos o resto da nossa vida aqui?
Chay: Você acha mesmo que passaremos o resto da nossa vida aqui?
Ricky: Se continuar do jeito que tá, sim!
Chay: Não. Claro que não! Você tá falando isso para eu querer me rebelar e montar mais um plano de fuga com você! Aí eu apanho enquanto você vê a garota que tem o poder de te hipnotizar. Sem chances!
Ricky: Nada a ver! Eu tô falando isso porque eu já cansei de ficar aqui. Cansei dessa injustiça. Nós não fizemos nada de errado para ficarmos presos. 
Chay: Você não está falando isso só por causa da garota lá, está?
Ricky: Talvez. Pensa, Chay! Nós aqui pelo menos temos um ao outro. E ela? Ela tá lá sozinha! Sem ninguém para conversar, para partilhar seus medos, suas vontades...
Chay: Falou o cara que é cheio de amigos, né?
Ricky: Affs! Tá, eu sei que não tenho tanto amigos, mas por isso mesmo é que eu me preocupo com ela. Eu sei o que é a solidão!
Chay: Assim você está me comovendo.
Ricky: Chay, dá pra você me levar a sério?!
Chay: Ricky, você saiu daqui e não encontrou nenhuma saída, não foi?
Ricky: O fato de eu não ter encontrado não significa que não tem saída nenhuma! Como você acha que esses encapuzados entram aqui?
Chay: Sei lá! Por mágica? Por um portal? Um entrada secreta? Um livro que te leva a um lugar onde as pessoas que eram para estar mortas estão vivas e que há várias mansões e pessoas que você não conhece, mas que já tiveram uma história e por causa de uma pílula que te dá a vida eterna e um projeto de universidade, cientistas brigam e jovens inocentes acabam levando a culpa?
Ricky: Hã? 
Chay: Nada não! Só tô zoando com você.
Ricky: Hum! Se bem que a entrada secreta pode ser uma possibilidade grande, né?
Chay: Eu acho que é a única possibilidade.
Ricky: Vamos tentar sair mais uma vez.
Chay: Nem rola. Não percebeu que eles não estão abrindo mais a cela para nós? Eles só passaram a água pela grade.
Ricky: Se eles não nos alimentarem, morreremos. E eu tenho certeza que esse não é objetivo deles.
Chay: Que história chata...
Ricky: Mas é a nossa realidade. E aí, topa sair daqui?
Chay: Se eu não tiver que apanhar para isso, topo!
Ricky: Ótimo! Vou pensar em alguma coisa.
-- Salão de Entretenimento --
Joe e Jonatas conversavam enquanto jogavam sinuca.
Jonatas: Como está a sua investigação?
Joe: Prefiro manter em sigilo.
Jonatas: Poxa, mas você não vai contar nem para o seu colega de quarto?
Joe: Meu colega de quarto preferiu ficar de fora dessa, esqueceu?
Jonatas: Joe, eu sei que uma hora ou outra você vai acabar me contando.
Joe: Nossa, de onde veio tanta prepotência?
Jonatas: Talvez da convivência com você.
Joe respirou fundo e largou o taco sobre a mesa.
Joe: Obrigado pela parte que me toca, colega de quarto.
Ele saiu. Alguns minutos depois, Bianca e Sophie chegaram.
Bianca: Olá, Jonatas!
Jonatas: Olá, meninas.
Bianca: Você viu o Joe? É que eu fiquei sabendo que ele estava me procurando ontem e como eu não o vi no jantar, pensei que poderia ter acontecido algo.
Jonatas: É, ele deve estar por aí.
Sophie: É impressão minha ou você tá falando dele com descaso?
Jonatas: Eu? Acho que ele tá me tratando assim, não?
Sophie: Xii... Acho que os dois brigaram.
Bianca: Vamos procurar o Joe nós mesmas então.
Sophie e Bianca deram meia volta e saíram.
-- Salão de Refeições --
Mais tarde, na hora de almoço, Manu chegou com um megafone.
Manu: Olá, residentes da SOS! Para quem não me conhece, eu sou a Manu.
Um garoto jogou uma folha de alface nela.
Manu: Obrigada pelo carinho! Bom, eu só vim aqui para anunciar que amanhã à noite teremos uma grande festa na Cabana Paradisíaca!
Todos os jovens comemoraram a notícia.
Joe: Qual o motivo da festa, Manu?
Manu: A festa marcará a volta do nosso direito de visitar a praia! Como de costume, a festa será à fantasia! Contamos com a presença de todos nesta quarta-feira, após o pôr do sol, na Cabana Paradisíaca!
Todos comemoraram mais uma vez. Após fazer seu prato, Jonatas sentou ao lado de Joe.
Jonatas: Posso?
Joe: Claro. Apesar de não estarmos livres totalmente, sentar em qualquer lugar nessa mesa não é proibido.
Jonatas se sentou e eles ficaram em silêncio alguns minutos.
Jonatas: Eu... Bom, essa é a nossa chance.
Joe: Como?
Jonatas: Eu disse que essa é a nossa chance. A festa. 
Joe: Como assim 'nossa'?
Jonatas: Joe, eu vou te ajudar a descobrir o que tem do lado proibido da ilha.
Joe hesitou, mas acabou sorrindo para Jonatas.
Joe: Eu sabia que você não iria me deixar não.
Jonatas: Depois eu sou o prepotente! (rsrs)
Joe: (rsrs)
-- Laboratório Médico --
Juliana: Bom, doutor, o que eu estou te pedindo é um método para evitar por mais tempo a cura da amnésia.
MMM: Senhorita, isso é quase impossível! A não ser que os pacientes só tivessem contato com pessoas desconhecidas. Quando eu digo desconhecidas, quero dizer pessoas que não saibam nada sobre eles.
Juliana: Você acha que só assim para essa cura não acontecer?
MMM: Pelos meus estudos, acredito que sim.
Juliana: Ótimo! Qualquer coisa eu volto a te procurar, ok?
MMM: Estarei por aqui.
Juliana saiu e foi para o Salão de Vigilância. Bruno estava em sua mesa falando ao telefone. Juliana aguardou.
Bruno: Ok. Mas sem atrasos. Te encontro naquele mesmo porto. Sim. Até mais!
Ele desligou e foi ao encontro dela.
Juliana: Quem era?
Bruno: Só estou organizando a festa de amanhã.
Juliana: Bruno, eu estive pensando, não acho que essa festa seja uma boa ideia.
Bruno: Mas, Juliana, você não percebeu que os garotos estão desconfiando da falta de liberdade? Eu tenho certeza que essa é a nossa chance de mostrar que eles estão errados. Imagina se eles se rebelam contra nós!
Juliana: Eu fico admirada como isso ainda não aconteceu. Se fosse eu, já teria desconfiado dessa história de guerra tecnológica!
Bruno: Para, vai! Não é uma ideia tão ruim!
Juliana: Tá! Bom, como foi com os jovens do subsolo? Os garotos só levaram água como eu mandei?
Bruno: Sim. E eles disseram que a situação lá tá difícil.
Juliana: Difícil por quê?
Bruno: Os jovens estão reclamando da alimentação. Ah, e do banheiro também.
Juliana: É, eu desconfiava que isso iria acontecer. Vamos pensar em alguma coisa.
Bruno: Por que a gente não devolve esses que estão com a memória intacta?
Juliana: Porque quanto mais deles unidos ao Faro, mas difícil fica para mim destruí-lo.
Bruno: Quanto ódio!
Juliana: Falou o que a ama todo mundo!
Bruno: Não exagera! As únicas pessoas que eu me importo aqui são você, minha irmã e a Bianca.
Juliana: Bianca? Então é com ela que você tá se divertindo?
Bruno: Algum problema?
Juliana: Bruno, ela é uma adolescente! Nem saiu da puberdade ainda!
Bruno: A garota já tem dezoito anos, Juliana! 
Juliana: Eu só espero que você não confunda as coisas quando ela subir pra cá.
Bruno: Como assim subir pra cá?
Juliana: Eu não quero mais a Bianca lá embaixo. Ela está atrapalhando meus planos.
Bruno: E você vai trazer ela para cá?
Juliana: Claro! Vou dar a última chance dela. Se ela me atrapalhar aqui, eu desisto. Teremos que apagá-la.
Bruno: Eu não deixaria você fazer isso.
Juliana: O quê?
Bruno: Você não vai conseguir acabar com a minha felicidade como você fazia quando éramos pequenos.
Juliana: Tanto faz!
Bruno: E a tal Amanda? Eu liguei pra ela e falei sobre a ameaça de matar os garotos que estão aqui.
Juliana: E ela?
Bruno: Nos confrontou. Mas pelo visto conseguimos tentá-los.
Juliana: Eu vou deixar eles virem pra cá.
Bruno: Vai?
Juliana: Sim! Vamos aprisioná-los.
Bruno: Junto com os outros do subsolo?
Juliana: Não... Os que ficaram lá são especiais. Eles precisam de um cuidado maior. Eu pensei que poderíamos deixar no laboratório médico, de molho.
Bruno: Como assim?
Juliana: Com a ajuda do doutor, vamos deixá-los inconscientes em cabines isoladas.
Bruno: Juliana, eu não pensei que você pudesse chegar a esse ponto. Tem certeza que está bem?
Juliana: Estou ótima!
Bruno: Então é melhor os jovens que eu trouxe irem embora. Não faz sentido eles ficarem aqui.
Juliana: Claro que faz, idiota! Os jovens que você trouxe passa a impressão que não há nada de estranho acontecendo. E por falar em jovens que você trouxe, onde está a sua irmã?
Bruno: Já entrei em contato com o meu pai e ele disse que ela chegará nessa noite.
Juliana: Como foi a terapia?
Bruno: Segundo ele, ela já superou o trauma do bullying.
Juliana: Lamento por ela. Estou doida para conhecê-la.
Bruno: Se você não tivesse desaparecido depois que fez a faculdade, já teria a conhecido.
Juliana: Se não foi daquela vez, que seja dessa então. Vou olhar o Bryan.
Bruno: E eu vou conversar com a Bianca.
Juliana: Bico calado, hein?
Bruno: Beleza!
COLÉGIO ATITUDE
< Ala Feminina -- Quarto 3F/5º Andar >
Bruna: E a garota que dormia aqui era chata?
Nanda: Era mais simpática.
Bruna: Mais que eu?
Nanda: Não... Infelizmente.
Bruna: Mas não se preocupa não, tá? Tu vai ficar aí no seu espaço, eu vou ficar aqui no meu e tá de boa.
Nanda: Bruna, eu não quero que você pense que eu sou uma chata que não foi com a sua cara.
Bruna: Você lê mente?
Nanda encarou Bruna.
Bruna: Brincadeira! (rsrs) Eu não acho isso de você. Eu sei que você tá me tratando assim por causa do Stéfani.
Nanda: O nome dele é Stéfano.
Bruno: Isso. Bom, eu quero que tu saiba que a gente não tem nada. E nem podia também. Eu tô meio enrolada com meu namorado.
Nanda: Você tem namorado?
Bruna: Mais ou menos. A gente tá passando por umas dificuldades aí, mas tudo vai acabar como tem que acabar. Eu só digo uma coisa! Se ele me pedir desculpas, vai ser a última chance dele! Eu cansei de ficar me humilhando, sabe? Ele coloca o chifre e depois vem com a serra querendo raspar como se nada tivesse acontecido.
Nanda: R-Raspar o quê?
Bruna: O chifre, né? Mas eu vou entender se a gente não continuar junto. Já até mudei o meu status na internet mesmo.
Nanda: Eu lamento.
Bruna: Aqui, se tu gosta do Stéfani, ou seja lá qual for o nome dele, por que você tá com o bonitão malhado?
Nanda: Q-Quem disse que eu gosto do Stéfano? Ele é só meu amigo.
Bruna: Mas já rolou alguma coisa entre vocês, né? Porque eu sinto que tem uma amizade colorida aí...
Nanda: Não, você tá viajando. É só amizade mesmo. E quanto ao bonitão malhado, a gente tá muito bem! Na melhor fase!
Bruna: Se eu fosse você não dava bobeira não, hein? Muita gente deve ficar de olho nele!
Nanda: Você é um exemplo dessas pessoas.
Bruna: Tem certeza que você não lê mente? (rsrs)
Nanda: Não, eu não leio mente. Eu só tenho facilidade para perceber o óbvio.
Bruna: Não vou mentir, admiro muito seu gato, mas não pegaria. Não enquanto ele estiver com você. Se tem uma coisa que eu não sou é segunda opção, viu? Segunda opção pra mim não dá!
Nanda: Você não sabe como isso me deixa aliviada. Você já conhece tudo aqui?
Bruna: Não essa parte dos quartos. Conheci o prédio principal quando meu namorado estudava aqui. Mas ele foi expulso no começo do ano.
Nanda: Ah... Qual o nome do seu namorado?
Bruna: A gente chamava ele de Tony!
Nanda: Ai, meu Deus!
Bruna: O que foi? Você conhecia ele?
Nanda: Acho que já ouvi falar dele. Bom, vamos conhecer o resto da escola.
Elas desceram caladas.
< Jardim >
Nanda: Bom, o jardim é um local de livre acesso até a hora do jantar. Depois todos nós temos que ficar nos prédios dos quartos.
Bruna: Mas aqui é liberado tudo?
Nanda: Tudo que não passe dos limites, né?
Bruna: Sei...
Nanda: A gente usa o jardim inclusive para matar aula.
Bruna: Legal!
Nanda: Logo ali na frente tem a entrada do colégio. Você passou por lá, né?
Bruna: Claro! Cheio de seguranças...
Nanda: É, eles reforçaram a segurança depois de alguns acontecimentos...
Nanda se calou.
Bruna: O que foi?
Nanda: Não acredito! É ele!
Nanda apontou para um carro que tinha acabado de chegar. Ao lado dele estava um garoto alto, moreno e bem vestido.
Bruna: Uau! Quem é ele?
Nanda: A tortura em pessoa!
Nanda começou a suar.
CONTINUA

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