Erros do Destino: Capítulo 11

Fina Flor – Noite – Flórida.

Mariana: Como será que o doutor Brito está passando no Brasil?

Silvana: Não faço a mínima idéia, mas se caso ele morrer a coisa vai ficar feia, ele ta devendo pra chuchu e a ex-esposa vai ter que pagar.

Mariana: Sério? Quantos mais ou menos?

Silvana: Só pra uma empresa ele deve cerca de R$150.000,00.

Hospital Geral Santa Catarina – Manhã.

Josemar: Ela ainda está em repouso, a fala está pouco aparecendo. Graças a Deus tudo saiu como esperamos, ela ficou tetraplégica, só não perdeu os movimentos faciais e das mãos, por enquanto lúcida.

Maria: Tudo bem.

Josemar: Pode ir falar com ela. [Maria entra]

Luciana: Mãe?!

Maria: Sou eu filha... Como se sente. [Ela começa a chorar]

Luciana: Muito mal, muito mal mesmo! Eu não sinto mais meu corpo, perdi os movimentos mãe. E agora?

Maria: Não é hora de se desesperar, não confia em Deus não?

Luciana: Não sei mais... Cadê meu pai?

Maria: Você tem que ser forte...

Luciana: Cadê meu pai?

Maria: Bandidos o atacaram e ele morreu!

Luciana: Não pode ser. [Ela chora mais ainda] E agora? O que será de nós?

Maria: Vamos ter que sair do Brasil querida, vamos para a casa de seu pai na Flórida.

Luciana: Eu não quero ir.

Maria: É o melhor que fazemos agora, os melhores terapeutas estão lá e poderão ajudar no seu caso. Já liguei em uma das clinicas terapêuticas de lá e conversei tudo, conversei até com seu médico, amanha noite vamos.

Luciana: Vamos? Mãe eu estou tetraplégica, perdi meus movimentos.

Maria: Nada é impossível e alem do mais eu já cuidei de tudo. Está mais do que na hora de esquecer Caio, William, Brito e seguir o rumo! O nosso rumo!

Hospital Terapêutico Flórida – Manhã – Sala.

Paulo: Eu espero pode confiar em você Miguel!

Miguel: E claro que pode doutor Paulo, farei o possível.

Paulo: Você sabe que há 30 anos que essa empresa está neste ramo não é meu conceito adquirir médicos novos.

Miguel: E eu sei! Mas juro que não se arrependerá, sei que sou novo com apenas 23 anos de idade e formado a pouco tempo, mas farei o possível.

Paulo: É bom mesmo, me parece que sua primeira paciente será uma moça brasileira, tetraplégica com seus 25 anos de idade.

Miguel: Me esforçarei o máximo.

Hotel Francis Adam – Manhã – Quarto de William.

[Alguem bate na porta, Janayna atende]

Janayna: Olha quem está aqui William.

Maria: Deixa de ser engraçadinha... [Ela entra]

William: A que devemos a honra da sua visita?

Maria: Estou apenas de passagem à esse mausoléu, a Luciana separou de você, o pobrezinho filho dela morreu, o Brito também...

Janayna: Espera aí, eu ouvi direito ou você disse que o Brito morreu?

Maria: Isso mesmo! Então não temos mais nada a fazer no Brasil.

William: E irão para onde?

Maria: Flórida! É esse nosso próximo destino, eu e minha filha.

Janayna: Você e a Luciana?

Maria: Não! Eu e a Juliana Paes. Claro que é a Luciana e eu tenho outra filha?

William: Deus me livre! Mal posso com uma imagina duas.

Maria: Pois bem, na Flórida a Luciana terá terapeutas mais qualificados.

William: Terapeutas?

Maria: Vai dizer que você não sabe que a Luciana está tetraplégica?

Janayna: Claro que não...

Maria: Só vim avisar-lhes, agora preciso ir.

William: Espera! E a casa?

Maria: Que casa?

William: Da Luciana...

Maria: Ainda não decidi sobre ela.

Sitio Hollerio – Manhã – Quarto de Teobalda.

Brito: Precisamos conversar!

Teobalda: Oce di novo não! Num podi ce, deve ce coisa da minha imaginação.

Brito: Da pra você me escutar? Eu preciso de você, com coração e mente, limpos e humildes.

Teobalda: I o que ocê qué di mim arma penada.

Brito: Eu sou quase avô desse garotinho.

Teobalda: Du Benedito?

Brito: Sim! Mas você tem que desmentir um erro que estragou todo o destino e continuará estragando até essa geração acabar, preciso que vá ao aeroporto e desmascare uma pessoa!

Continua

(Autor: Sadrack Alves)