Loft de Luciana – Tarde – Sala.
Miguel: Graças a Deus você já está se recuperando bem meu amor. [Os dois se beijam]
Clarisse: Com certeza não demorará para te vermos andando novamente, quer dizer pela primeira vez.
Luciana: É verdade... Nada pode estragar minha vida agora, serei feliz ao lado do meu eterno amor. [A campainha toca]
Clarisse: Eu atendo. [Ela abre a porta, William e Janayna entram] Mas o que é isso?
William: Luciana, precisamos ter uma conversa com você.
Janayna: Luciana você tem que acreditar, sua mãe é uma assassina.
Luciana: Vocês ficaram doidos?
William: Não! Preste a atenção, no dia do seu aniversário eu havia colocado uma câmera escondida.
Luciana: Eu lembro e você nunca tirou ela de lá.
William: Ela gravou sua mãe matando seu pai. [Maria entra com vários homem vestidos de branco]
Luciana: Mãe?!
Maria: São aqueles dois ali pessoal.
Miguel: O que está acontecendo aqui?
Maria: Esses dois aí estão malucos, estão me acusando de algo que eu não fiz, vou interna-los a força em uma clinica psiquiátrica.
William: Você não pode fazer isso Maria.
Maria: Não só posso como estou fazendo, agora, por favor, levem-nos pessoal.
Janayna: Luciana, você tem de acreditar em nós. [Eles saem]
Luciana: Mãe, como a senhora...
Maria: Como o que Luciana? Você mesmo viu, eles estavam falando mentiras sobre mim, isso foi o mais certo que eu podia fazer para ajudá-los.
Clarisse: Nunca vi algo assim na minha vida, eles entram e falam abobrinhas.
Maria: Pra você ver o estado que está esse mundo Clarisse. Mudando de assunto, tenho péssimas noticias, seu pai deixou mais de trezentos bilhões de conta para pagar, de onde tiraremos isso tudo?
Luciana: A senhora vem perguntar logo pra mim?
Miguel: E eu tenho uma noticia para dar a vocês, nosso casamento foi marcado amor, daqui três dias nós nos casaremos.
Luciana: Eu não acredito...
Clarisse: Eu quero ser madrinha.
Luciana: Não vamos fazer festa Clarisse, vai ser apenas no civil.
Maria: Mesmo assim vai ser ótimo, só de saber que poderemos ver novamente seu sorriso e só o Miguel pra nos proporcionar isso.
Sitio Holerrio – Tarde – Horta.
Manoel: Qui graça tem agora? Minha fia morreu, nessa casa sozim num tem graça vivê. Qui hei di eu fazê? [Uma moça bate palma na porteira]
Glória: Ô de casa!
Manoel: Já vai... [Ele chega e se apaixonam]
Glória: Bas tarde!
Manoel: Tarde!
Glória: Meu nome é Grórinha, eu invinha passando pru essas banda im procura de emprego e queria sabê se o senhor num tem nada pru mode eu fazê não, eu capino, rastelo, aparto vaca tudo que o sinhô quisé.
Manoel: Óia, precisano nóis num ta não, mais eu to sozim sô, até qui uma compania ia cê bão.
Glória: Uai sô, bão dimais então uai! Eu cozinho, lavo, passo e num cobro nada mais por isso, só o sinhô me arrumá um lugarzinho pru mode eu durmi.
Manoel: Intão nós ta feito, entra pra cá pru modi nós prusiá!
Hospital Psiquiátrico Sírio Libanês – Tarde – Diretoria.
William: Eu não estou doido.
Janayna: Doido quem está é aquela desvarrida da Maria.
Geraldo: Olha, eu trabalho aqui há 35 anos e nesse tempo todo eu nunca vi alguém ser mandado pra cá se não estiver doido, eu sinto muito mas vocês só poderão ir embora depois que os diagnósticos estiverem prontos.
William: E quanto tempo demora?
Geraldo: Um mês!
Janayna: Eu não vou agüentar!
Cartório – Tarde.
Selma: E pelo poder a mim contido, perante a lei, as testemunhas aqui presentes e á juíza de paz, eu vos declaro marido e mulher! [Eles gritam]
Clarisse: Viva os noivos!
Todos: Viva!
Clinica Psiquiátrica – Tarde – Pátio.
William: Se eu tiver que ficar mais uma hora dentro dessa espelunca eu me suicido.
Janayna: Não fala isso, senão eles acham que você é mesmo débi mental. O pior são essas roupinhas de Deus é Brasileiro.
William: É essa caca de bebê que eles dizem ser sopa? Ta querendo me enganar? Só pode ter maconha nessa sopa é o prazo de eu tomar caio no sono.
Janayna: Então somos dois, temos que bolar uma fulga, mais vinte e sete dias aqui dentro não vai dar pra segurar.
Continua
(Autor: Sadrack Alves)
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